domingo, 12 de maio de 2013

Educação Contextualizada

Sempre em minhas aulas de didática conversava com os alunos a cerca da importância de se trabalhar a partir da realidade local do aluno, da contextualização da região, das experiências, vivências, etc... Para mim estava claro que não se pode tentar trabalhar um conteúdo se o mesmo não tiver um significado para o educando e se este não se percebe naquela história, naquela cidade, naquele contexto. Para minha surpresa, percebi que os alunos não se reconhecem como de uma região semi-árida, uma região do sertão, com diversidades climáticas especiais e únicas no mundo. Assim, resolvi que independente de serem alunos da licenciatura em Química, Física, Computação ou Música, os alunos tem que se reconhecerem como cidadãos daquela região e para a partir disso trabalharem futuramente com seus alunos o contexto local,ensinar essas diversas disciplinas partindo dessa realidade. Passei a me questionar e continuo me questionando se não nos identificamos como sertanejos, como pessoas do interior, da caatinga, por causa de um contexto histórico que prega que uns dominam e outros são dominados, que involuntariamente vendemos a imagem de que a vida boa é aquela que não podemos viver na nossa região. Assim, essa semana realizei a primeira ação de um projeto de identificação e percepção dessa região, levei a turma de didática para a Embrapa, lá os alunos iniciaram um processo de reconhecimento do que é ser dessa região, o que é a caatinga, entre outros olhares e o principal dele é quem eu sou nesse contexto, o que a especificidade do meu curso muda na minha ótica quando me reconheço pertencente desse lugar, quem eu na verdade sou.... Eu sou Danielle, sou Cearense, moro em Petrolina, estou aprendendo sobre o sertão, o semi-árido e sobre quem sou e quem quero ser e como a minha percepção influencia na relação de ensino e aprendizagem dos meus alunos. Quem são meus alunos? ....

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